segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Norte-Americanos em Guerra contra a Má Alimentação

Na última segunda-feira, dia 31 de janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos publicou a versão de 2010 do Guia Dietético para os Americanos, uma apanhado de orientações nutricionais que é atualizado a cada cinco anos. Como mais de um terço das crianças e dois terços dos adultos são considerados obesos na América, esta edição do Guia Dietético está bem mais exigente do que as anteriores, especialmente no controle do consumo de sódio.

As novas diretrizes recomendam reduzir o consumo diário de sal para menos de 2.300 mg, ou uma colher de chá de sal por dia. Pessoas com mais de 51 anos, afro-descendentes, ou com hipertensão (o que corresponde à metade da população americana), são orientadas a fazerem uma redução do consumo de sódio ainda mais drástica: 1.500 mg/dia.

O Guia Dietético 2010 também sugere que os consumidores comprem menos produtos com gorduras, açúcares adicionados e grãos refinados, e que passem a comer mais cereais integrais, frutas, verduras, produtos lácteos com baixos teores de gordura, carnes magras, aves e frutos do mar. Outras orientações são reduzir a quantidade total de calorias da dieta, evitar os refrigerantes (e beber mais água) e praticar atividades físicas diariamente.

O grande problema que as pessoas enfrentam para reduzir o consumo de sal é que a maior parte do sódio da dieta não vem do saleiro, mas dos produtos alimentícios industrializados – que são cada vez mais usados pela população. O desafio já não é a conscientização do consumidor, mas a adequação da indústria de alimentos às recomendações nutricionais que foram propostas.

A Primeira-dama norte-americana Michelle Obama defende uma melhor nutrição e através da sua campanha "Let's Move" (“Movimente-se”, numa tradução livre) combate a obesidade, melhorou a merenda escolar e oferece aos jovens mais atividades físicas e informações sobre hábitos de vida saudáveis. No início deste mês, ela assinou uma parceria com a gigante do varejo no mercado de alimentos, a Walmart, para produção e comercialização de produtos mais saudáveis, com menos gordura, sal e açúcar.

Esta foi, sem dúvida, uma grande vitória dos americanos na sua guerra contra a obesidade e um exemplo a ser seguido por outros países que estão vendo sua população engordar mais a cada ano.

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